A importância das emoções humanas no Design

A importância das emoções humanas no Design

24/07/2020 Arte Dicas fotografia 0

O Design também é responsável por gerar conexão afetiva e incentivar no processo de compra, o que está estritamente ligado ao reforço de marca e decisão do cliente. Em outras palavras, vou começar falando sobre o fator que faz com que amemos ou odiemos os objetos ao nosso redor.

Falando especificamente do Design e seu papel como catalisador de emoções, segundo Donald Norman, existem três níveis emocionais do Design: visceralcomportamental e reflexivo.

Todos estes têm uma estreita ligação com a experiência do usuário, ou seja, antes de explicar cada um desses termos, vamos entender sobre as facetas da experiência, conforme o próprio Norman.

A experiência possui três facetas:

  • Função;
  • Desempenho;
  • Usabilidade;

função de um produto diz sobre as tarefas que ele suporta e para as quais ele foi projetado. Se as funções são inadequadas ou não têm interesse, o produto tem pouco valor.

desempenho diz respeito a como esse produto desenvolve as funções desejadas. Se o desempenho é inadequado o produto tende a fracassar.

E por fim, a usabilidade, que descreve a facilidade com que o usuário pode compreender como o produto funciona e como fazê-lo funcionar.

Agora, vamos nos aprofundar sobre os três níveis emocionais do Design:

1- Visceral

O nível visceral, como o próprio nome denota (víscera), tem a ver com algo profundo, enraizado, subconsciente. Este nível tem forte relação com a aparência de algum produto. Uma atração sobre a aparência, como aquele objeto se comunica com os nossos gostos estéticos.

Ao darmos de cara com o produto que exerce bem seu papel no nível visceral falamos as seguintes frases:

  • Eu quero isso! (desejo)
  • O que ele faz? (função)
  • Quanto custa?

2- Comportamental

Este nível diz respeito a como um objeto nos ajuda a efetuar uma tarefa com facilidade de uso. Como o próprio nome diz, tem a ver com o comportamento, e mais ainda, com o fato de termos controle sobre a tarefa que está sendo feita por meio do objeto. Neste nível, é o desempenho que importa.

3- Reflexivo

Por fim o nível reflexivo. Este possui dois verbos: examinar e refletir. Tem a ver com nossa memória afetiva, orgulho de possuir determinado objeto ou ser adepto a determinada marca, um status social. Lembra que falei sobre o sistema límbico e o córtex pré-frontal? É aqui que o segundo age, justificando a escolha emocional do produto.

O que distingue cada um dos níveis é a variável “tempo”. Enquanto o nível visceral e comportamental refletem o “agora”, o reflexivo se estende por muito mais tempo por meio da reflexão que recobra o passado e considera o futuro.

Como não gerar estranheza

Imagino que você possa se perguntar: mas como não gerar estranheza? E para essa pergunta existem muitas respostas, mas para não invocar a dúvida sem respondê-la, posso trazer duas soluções: conexão e familiaridade.

A familiaridade e conexão fazem com que o fusca, por exemplo, tenha um apelo emocional tão forte, que ainda hoje é um produto amado e defendido pelos usuários. Seus faróis como olhos e seu capô similar a um sorriso simpático, faz com que os compradores de fusca gerem uma conexão emocional grande com o produto, resultando em um nível emocional reflexivo alto.

Conclusão

Por mais que nos assumamos como seres completamente racionais, há uma raiz emocional muito forte que nos impulsiona a tomar certas decisões. O que muda é como justificamos essas escolhas.

Entender o Design emocional é recobrar o passado, compreender nossas origens e entender a importância das emoções. Se queremos catalisar experiências prazerosas, é nesse caminho que se encaminham as respostas.

 

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